A música vivida no palco.

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Um show é muito mais que os instrumentistas produzindo música debaixo de holofotes para um grupo de pessoas. A música é viva e essa vitalidade deve ser representada nas reações do intérprete de modo a viver os sentimentos expressos na canção.

Vários ícones se firmaram por sua interpretação de palco (e fora dele). A cena de Ozzi arrancando cabeça de morcego com a boca é lendária e combinava com a temática da banda, o Black Sabath. Um pouco à frente na história, David Bowie deu início à trangenia  na música com o personagem Ziggy Stardust (ver texto anterior no blog:  https://bebendomusica.wordpress.com/2010/08/05/seres-androgenos-na-musica/ ) , uma transfiguração em um personagem de uma história com a consequente incorporação dos elementos na atuação de palco.

No Brasil, a presença de palco fica mais centrada na Mpb. Elis Regina era a diva dos pés descalços para sentir a vibração da música e seu batimento. Ney Matogrosso torna-se um camaleão no palco, vivendo o ritmo e sentindo o que canta.

Da nova geração, Pernambuco traz o sentimento para o palco com duas explosões de gestos e expressões, duas figuras marcantes que representam o fogo do novo. Lirinha (Arcoverde), ex-capitão da banda Cordel do Fogo Encantado, e Karina Buhr (Recife), cantora solo que possui em sua banda nada menos que dois dos maiores guitarristas do Brasil, Edgar Scandurra (Ira) e Catatau (Cidadão Instigado).

 

Ambos tem graça, força e rebeldia. Vivem o palco como se fosse o último show de suas vidas, fazendo belíssimos espetáculos. São a linguagem musical muito além da linguagem musical, resultando na construção da música em todos os sentidos.

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